terça-feira, 12 de julho de 2011

Mercado exige advocacia especializada em questões societárias

O aumento da atividade de fusões e aquisições no Brasil no último um ano e meio está criando um cenário de alta demanda por advogados societários, forçando escritórios de advocacia a serem mais ativos na retenção de profissionais.
Só no primeiro semestre deste ano foram anunciadas fusões e aquisições envolvendo empresas brasileiras com valor combinado de 53,54 bilhões de dólares, segundo dados da Thomson Reuters.
Apesar da queda de 15,8 por cento em valor frente ao mesmo período de 2010, o número de operações cresceu 2,7 por cento, para um total de 346.
"Não é como se o Brasil fosse uma opção, mas a opção", disse o sócio-diretor do escritório de advocacia Pinheiro Neto, Alexandre Bertoldi, à Reuters.
Considerando os valores dos negócios, o Pinheiro Neto foi o maior assessor jurídico de fusões e aquisições anunciadas com empresas braileiras de janeiro a junho.
As 23 transações em que o escritório paulistano está atuando como "legal advisor" --incluindo o lado do Carrefour na proposta fusão com o Pão de Açúcar-- totalizam 14,4 bilhões de dólares.
A advogada Maria Cristina Cescon, sócia do escritório Souza, Cescon, Barrieu e Flesch, também viu o volume de trabalho crescer de forma substancial nos últimos anos. Seu escritório ficou em terceiro lugar no ranking da Thomson Reuters, com 12 transações e 5,4 bilhões de dólares em valor de negócios no primeiro semestre.
"O volume de trabalho é grande e também inclui outras operações além de fusões e aquisições, como reorganizações societárias", disse ela, que atua pela Portugal Telecom na reestruturação da Oi.
"A atividade (de fusões e aquisições) vai estar quente para nós no segundo semestre", afirmou o advogado Francisco Müssnich, sócio do Barbosa, Müssnich e Aragão (BMA), quarto lugar no ranking, com 4,8 bilhões de dólares em 10 operações.

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