A demanda judicial no Brasil
é elevada, muito porque temos um povo despertando para a consciência cidadã
construída no avanço da democracia brasileira. Um povo que, quanto mais cônscio daquilo que
lhe pertence no Estado Democrático de Direito, bate às portas do Judiciário
para pedir por direitos e deveres sonegados anos a fio.
E quanto mais aumenta a
demanda do povo por justiça, pasmem, mais o Poder Judiciário paulista
adota medidas para negar o adequado atendimento ao jurisdicionado. Primeiro a
restrição de acesso aos fóruns pelas advogadas e advogados. Depois o anúncio de
uma medida que reduzia o horário de funcionamento dos fóruns bandeirantes,
diga-se, suspensa por liminar do STF. A terceirização da justiça aos cartórios de notas e setores de mediação e outros. Agora essa ordem e autorização para o
fechamento dos bancos instalados nos fóruns no meio do expediente forense.
É triste, mas a sensação é
de que a Corte paulista está na contramão de tudo aquilo que quer e pede o povo
– Justiça. Como atender a demanda jurisdicional do povo fechando fóruns
mais cedo ou mesmo permitindo que os bancos nos fóruns desliguem as caixas coletoras
de custas e depósitos judiciais no meio do expediente forense?
Mais uma vez o Judiciário do
Estado de São Paulo demonstra não estar preparado para atender os pleitos de
um cidadão - serviço público jurisdicional eficiente e de qualidade
- que já paga mais de um trilhão de tributos às burras públicas.
O povo quer Justiça e
para isso o serviço judiciário e seus auxiliares devem permanecer abertos e
funcionando o maior tempo possível, inclusive os bancos.
A OAB Sorocaba repudia o
fechamento dos bancos nos fóruns antes do encerramento do expediente forense, certa
de que tal medida contraria o mandamento constitucional do amplo e irrestrito
acesso à Justiça clamando que o Conselho Nacional de Justiça e o STF
repare mais esse histórico erro de gestão do Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo.
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