Inusitadamente
peticionado por um advogado autônomo, quando seguramente isso seria feito pelas
entidades de classe, aportou no CNJ um pedido de liminar contra o provimento do
TJ/SP que reduziu em duas horas o atendimento aos causídicos. A liminar foi
negada em decisão curiosamente (o termo é esse mesmo, sem nenhuma alusão)
prolatada pelo conselheiro José Roberto Neves Amorim, que vem a ser
desembargador da própria Corte bandeirante exercendo mandato no CNJ. O TJ/SP
foi quem deu informação acerca do pedido e da decisão, em sua página na
internet. E mais, provou que há, de fato, uma animosidade com a advocacia ao
afirmar que "lamenta a ausência de parceria da Ordem dos Advogados do
Brasil, por intermédio de seus integrantes, toda vez que se procura
alternativas em prol da agilização dos procedimentos". No entanto, quer
nos parecer que o silogismo - por mais que coloquemos todos os músculos
sartoriais em funcionamento - tem premissas falsas. Isso porque não se pode
pedir parceria quando o que se oferece é a porta na cara. Com efeito, para não
falar que não fica bem a uma autoridade a vitimização, o fato é que nem sequer
se comunicou à Ordem, e a seus advogados (constitucionalmente essenciais à
Justiça), o teor do novel provimento. Tivesse feito isso, poder-se-ia invocar
tal argumento. Mas, como é bem de ver, não o fez. Com conhecimento de causa,
Migalhas é categórico ao afirmar que tanto o presidente da OAB/SP, como o da
AASP e do IASP são advogados de fácil diálogo, dispostos a ver a Justiça bandeirante
andar no ritmo de seu povo. Não, obviamente, a qualquer custo. E pensar que nos
dois mandatos passados achávamos que tínhamos chegado ao fundo do poço... Como
diz o caipira, nada é tão ruim que não possa piorar.
Fonte
Migalhas
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