terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Crise na Justiça paulista


Inusitadamente peticionado por um advogado autônomo, quando seguramente isso seria feito pelas entidades de classe, aportou no CNJ um pedido de liminar contra o provimento do TJ/SP que reduziu em duas horas o atendimento aos causídicos. A liminar foi negada em decisão curiosamente (o termo é esse mesmo, sem nenhuma alusão) prolatada pelo conselheiro José Roberto Neves Amorim, que vem a ser desembargador da própria Corte bandeirante exercendo mandato no CNJ. O TJ/SP foi quem deu informação acerca do pedido e da decisão, em sua página na internet. E mais, provou que há, de fato, uma animosidade com a advocacia ao afirmar que "lamenta a ausência de parceria da Ordem dos Advogados do Brasil, por intermédio de seus integrantes, toda vez que se procura alternativas em prol da agilização dos procedimentos". No entanto, quer nos parecer que o silogismo - por mais que coloquemos todos os músculos sartoriais em funcionamento - tem premissas falsas. Isso porque não se pode pedir parceria quando o que se oferece é a porta na cara. Com efeito, para não falar que não fica bem a uma autoridade a vitimização, o fato é que nem sequer se comunicou à Ordem, e a seus advogados (constitucionalmente essenciais à Justiça), o teor do novel provimento. Tivesse feito isso, poder-se-ia invocar tal argumento. Mas, como é bem de ver, não o fez. Com conhecimento de causa, Migalhas é categórico ao afirmar que tanto o presidente da OAB/SP, como o da AASP e do IASP são advogados de fácil diálogo, dispostos a ver a Justiça bandeirante andar no ritmo de seu povo. Não, obviamente, a qualquer custo. E pensar que nos dois mandatos passados achávamos que tínhamos chegado ao fundo do poço... Como diz o caipira, nada é tão ruim que não possa piorar.
Fonte Migalhas

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